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terça-feira, 22 de setembro de 2009

"CONDOR " OU "ODALÉA" - oitava - única ópera composta por encomenda


Marilia Soren canta Orda Crudel - "CONDOR"

"CONDOR" foi sua última ópera estreada na Itália e sua oitava, composta por encomenda, em 1890. A ação se desenvolve nos jardins privados da rainha de Samarcanda, uma das cidades mais antigas do mundo, situada na atual região do Uzbequistão, próxima à fronteira com o Afeganistão. Graças a sua beleza, era conhecida como a “Roma do Leste” ou a “Pérola do Oriente”.
Para Carlos Gomes foi um grande prêmio o triunfo de Condor na estreia em Milão em 21 de fevereiro de 1891 e nas suas nove apresentações seguintes, apesar de ele mesmo reconhecer não se tratar de uma “ópera de fácil compreensão”.
O prelúdio é visto como uma verdadeira “pérola”.

TEATRO ALLA SCALA DE MILÃO
Condor não teria nascido se as Casas Ricordi e Sonzogno não estivessem em guerra declarada.
Nenhum compositor vivo na Itália, fora Verdi, era possuidor de tão magnífico acervo e de tão reconhecida capacidade como musicista e como compositor. A escolha de Carlos Gomes, para atender a um grande editor, compondo uma ópera destinada à importantíssima temporada do Teatro alla Scala, é um certificado de que, artisticamente, Carlos Gomes não era o ‘pobre’ Carlos Gomes de que falam seus biógrafos. Era, até aquela data, depois de Verdi, o maior compositor vivo de óperas italianas.
Condor é muito mais compacta, com cerca de uma hora a menos do que suas outras óperas.

A ópera, em três atos, se inicia com um prelúdio, no qual vários elementos constitutivos da ópera são apresentados.
Os filhos estavam presentes à estreia. Segundo Carlos Gomes, a filha Itala e a sobrinha Elizinha deveriam exibir as cores da bandeira brasileira, então mandou fazer dois vestidos amarelo-claros e as duas deveriam ter laços de fita verde na cabeça.
Assim era Carlos Gomes.

Trecho retirado de meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - Maestro Antonio Carlos Gomes - A Trajetória de um Gênio", a ser lançado brevemente.

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