Páginas

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ÓPERAS

1. A NOITE DO CASTELO
De 1861. Em português, dedicada a D. Pedro II

2. JOANNA DE FLANDRES OU A VOLTA DO CRUZADO
De 1863.

3. O GUARANI
De 1870. Dedicada a D. Pedro II.

4. TELÉGRAFO ELÉTRICO
De 1871. É uma opereta.

5. FOSCA
DE 1873. Dedicada a José Pedro de Sant’Anna Gomes.

6. SALVADOR ROSA (SALVATORE ROSA)
De 1875. Dedicada a André Rebouças.

7. MARIA TUDOR
De 1879. Dedicada ao Visconde de Taunay.

8. LO SCHIAVO (O ESCRAVO)
De 1889. Dedicada à Princesa Izabel.

9. CONDOR ou ODALEIA
De 1891. Dedicada ao comendador Theodoro Teixeira Gomes.

CANTATAS

1. CANTATA I De 1860.

2. CANTATA II De 1860.

3. COLOMBO De 1892. É poema sinfônico.

REVISTAS

1. SE SA MINGA De 1867 – 1868.

2. NELLA LUNA De 1867 – 1868.

CANÇÕES

Escritas entre 1857 e 1890, as modinhas e canções foram publicadas, algumas, como peças avulsas e outras, agrupadas em três álbuns intitulados I, II e III Álbum Vocal, editados em 1881, 1882 e 1884 pela Ricordi de Milão. Em carta de 19 de outubro de 1890 a Taunay, confessa:
“Oh! Os artistas! Eles matam ou dão vida ao papel que rabisco.”
1. CANZONE (CANÇÕES)
Dezessete peças: Io ti vidi; Notturno; La Preghiera dell’Orfano; Mon Bonheur; Cos’ è l’Amore; L’Arcolajo; Lontana; Povera Bambola; Dolce Rimprovero; Tu m’Ami; Sempre Leco; Per me solo; Canta Ancor; Addio; Noces d’Argent; Fra Cari Genitor; La Piccola Mendicante.
2. CANZONETTAS
Quatro peças: La Madamina; Lisa, me vos tu ben?; Bella Tosa; Civettuola.
3. CANZONATURAS
Cinco peças: Lo Sigaretto; Beato Lui; Giulietta Mia (Serenata); Celia d’Amore; e Qui pro quo (Scherzo).
4. MEDITAZIONES
Duas peças: Aurorae Tramonto; e Realtà.
5. STROFES
Duas peças: Divorzio; e Il Brigante.
6. ROMANZA
Uma peça: Eternamente.
7. BARCAROLA
Uma peça: Sul Lago di Como.
8. CANÇÃO POPULAR BRASILEIRA
Uma peça: Conselhos.
9. ARIETTA
Uma peça: Mamma Dice.
10. INVOCAZIONE
Uma peça: Spirto Gentil.
11. LAMENTO
Uma peça: La Piccola Mendicante.
12. IDÍLIO
Uma peça: Rondinella.
13. BOZZETTO (ESBOÇO)
Uma peça: Oblio.
14. MODINHAS
Quatro peças: Bela Ninfa de Minh’alma; Suspiros d’Alma; Analia Ingrata (Romance); e Quem sabe?”
A maioria dos textos que musicou em sua obra destinada à música de câmara é de caráter romântico. Ele próprio possuía o romantismo no temperamento que transparece por quase toda sua obra. O transbordamento da tristeza, o arrebatamento e toda uma classe de sensações que harmoniza com um espírito sofrido. A sua composição é profundamente emocional. Seu temperamento alegre, sincero, gaiato foi abalado desde a primeira infância por golpes trágicos.
Marcado pela dor e pelo sofrimento, pela angústia e pela incerteza, pela solidão e pela doença, foi levado a uma segunda vertente na escolha de seus temas: os que falam da morte, da fome, da miséria, do frio, do infinito e do além, os quais descreve com suas canções de caráter dramático: La Preghiera dell’Orfano (Canzone); Oblio (Bozzetto); Il Brigante (Strofe); La Piccola Mendicante (Lamento); L’Arcolajo (Canzone); e Realtà (Meditazione).
São de caráter romântico: Bela Ninfa de Minh’Alma; Suspiros d’Alma; Analia Ingrata; Quem sabe?; Io ti vidi; Notturno; Mon Bonheur; Cos’è d’Amore; Lontana; Tu m’Ami; Sempre Leco; Canta Ancor; Addio; Noces d’Argent; Eternamente; Aurora e Tramonto; Sul Lago di Como; Spirto Gentil; e Rondinella.
Expõem uma face irreverente, colorida por alegres tons luminosos, numa música leve e ligeira, servindo-se de temas satíricos, com textos de Ghislanzoni, Ducatti e do próprio Carlos Gomes: Civetuolla; Povera Bambola; Dolce Rimprovero; Fra Cari Genitor; Per me solo; La Madamina; Divorzio; Lisa, me vos tu bem?; Bella Tosa; Lo Cigaretto; Beato Lui; Giulietta mia; Celia d’Amore; Qui pro quo; Mamma Dice; e Conselhos.
A pluralidade de temas inspiradores usados por Carlos Gomes, deixa clara a facilidade que possuía em adequar texto e música, porém, acima de qualquer tema ou inspiração, o teatral domina a sua obra – suas canções possuem um cenário, personagem, narrador, cor, luz. Mesmo dedicando-se à câmara, dentro da canção, não se desprendeu nem abandonou sua ligação visceral com os elementos da ópera. Criador de melodias de extrema beleza, segue e apóia a linha melódica pelos efeitos orquestrais altamente dramáticos, reduzidos para o teclado de um piano.
Em Carlos Gomes, a afinidade entre a linha melódica e o significado do texto é exuberante. A força de sua melodia, transpassada por um poema, transformando-o em canção, é fato comum; seu talento eminentemente dramático encontrou terreno fértil na composição da música vocal. Ele alcança o equilíbrio entre a frase musical e o sentido literário – o texto é que comanda sua linha melódica. Suas canções foram escritas sobre o texto e em função dele. A partir do texto, cria toda uma ambientação de cenário, climas, situações e emoções.
As canções foram para ele um laboratório, uma oficina, onde experimentou tipos de propostas que pretendia que fossem a base de sua língua em operística. Mais de uma vez, encontramos um tema, uma frase de suas óperas dentro de uma canção.
Suas canções têm como objetivo valorizar e ressaltar a voz humana. Sua vocação maior foi a de fazer música para o canto, lírica, sacra, de câmara. Conhecedor profundo da voz, tendo sido tenor e professor de canto, não comete enganos ao escrever para qualquer registro vocal.
A propriedade e a segurança de sua escrita é tanta que somente a voz para a qual a peça é dirigida irá alcançar o total rendimento. E o pianista, para acompanhar a sua câmara, além de exímio executante, deve conhecer em profundidade sua obra operística e seu pensamento orquestral.
Compõe para o instrumento como quem pensa na voz. A sua música cria climas, cenários, personagem e dá ao cantor, em marcações precisas, a possibilidade de representar, vocalmente, tudo o que a peça propõe. Uma passada pelos poetas que tiveram seus textos transformados em linhas melódicas permite situar melhor o compositor em relação ao meio profissional e intelectual que o cercava. E um olhar sobre suas dedicatórias deixa saber um pouco de suas amizades pessoais, suas preferências e seu humor.
1. BELA NINFA DE MINH’ALMA
Gênero: modinha.
Texto: Antonio Alexandrino Passos Ourique.
Tema: o amor romântico que encontra na amada a razão de viver.
Data: 1857.
Primeira composição do autor; musicalmente, uma obra-prima digna de figurar como um dos melhores exemplos de modinha imperial.
2. SUSPIRO D’ALMA
Gênero: autêntica modinha brasileira dos saraus familiares do Segundo Império.
Texto: Almeida Garret.
Tema: o amor não-correspondido, que não encontra alívio em outro coração.
Data: 1858/59
Dedicatória: Dr. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.
3. ANALIA INGRAT
Gênero: modinha (romance), canto e piano.
Texto: autor desconhecido.
Tema: o amor que sofre com a indiferença da amada.
Data: 1859.
Dedicatória: D. Maria das Dores Álvares.
Sem dúvida nenhuma, ensaiou nesta modinha, intencionalmente ou não, seus grandes fraseados operísticos.
4. QUEM SABE?
Gênero: modinha
Texto: Dr. Francisco Leite de Bittencourt Sampaio.
Tema: a distância do amado, a saudade, a dúvida sobre a permanência do amor.
Data: julho de 1859
Dedicatória: Emiliano Euquitiano Correa do Lago
Sua mais famosa modinha, teve como inspiradora, Ambrosina, seu primeiro amor, irmã de seu grande amigo Emiliano Euquitiano Correa do Lago.
5. IO TI VIDI
Gênero: canzone.
Texto: M. Marcello.
Tema: a visão de uma jovem, bela como a manhã, é a realização de um sonho, mas desaparece, deixando sua imagem para sempre impressa na lembrança, dando ao apaixonado coragem nos momentos mais difíceis.
Data: 17 de setembro de 1866.
Dedicatória: Marietta Siebs.
6. NOTTURNO
Gênero: canzone.
Texto: Emilio Praga.
Tema: assim como a lua, caminha o cantor à noite e espalha seu canto antigo e belo. Ninguém responde, tudo é silêncio. Sozinho se perde seu canto.
Data: 1866.
Lindíssima, esta canção deixa claro o exercício que o maestro fazia para a ópera.
7. ETERNAMENTE
Gênero: romanza.
Texto: M. Marcello.
Tema: o amor, antigo e todo-poderoso é a esperança, é a própria fé; tudo lhe serve de alimento, tudo cede diante dele, para sempre.
Data: 14 de maio de 1867.
Dedicatória: F. Cordeiro da Graça Castelões.
8. LA MADAMINA
Genro: canzonetta.
Texto: Emilio Torelli – Viollier.
Tema: a madamina pede passagem quando caminha, com pés ágeis pela rua e desfila seu olhar terno, atrevida, sabe beijar, dançar e ser romântica quando tem vontade.
Data: 5 de dezembro de 1867.
Dedicatória: Filippo Filippi.
9. LISA, ME VOS TU BEN?
Gênero: canzonetta veneziana.
Texto: autor desconhecido.
Tema: sempre que Pedro pergunta se Lisa o quer bem, ela responde que sim. Mas é um sim que deixa dúvida, que também parece não e é assim só para ouvi-lo perguntar outra vez: Lisa, você me quer bem?
Data: 12 de junho de 1869.
Dedicatória: Cav. Antonio Pavan.
10. LO SIGARETTO
Gênero: canzonatura.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: fumar é um prazer que ela tem. Ele prepara seu cigarro e sente o perfume da fumaça. Desfruta da beleza dela ao aspirar o aroma dessa nuvem e beijando a fumaça fugidia, parece beijar seus lábios ardentes.
Data: 1881.
11. BEATO LUI
Gênero: canzonatura.
Texto: Emilio Ducati.
Tema: o reconhecimento à amizade de Arturo, que logrou o milagre de transformar-lhe a mulher, de demônio em anjo, boa mãe, boa esposa. Até os filhos dele o amam e, pode ser só impressão, mas o mais novo tem o nariz grande como o de Arturo.
Data: 1881.
12. GIULIETTA MIA
Gênero: serenata canzonatura.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: uma serenata para aquela que não dorme porque o ama. Aos 18 anos, tão bonita, ela não está enjoada de dormir sozinha? O inverno está próximo, a noite é longa, tudo pede por carinho. Ele também é jovem, também tem o sangue quente e pensa que em dois se deve dormir melhor.
Data: 1881.
13. CELIA D’AMORE
Gênero: canzonatura.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: ela ama tanto cada um de seus bichinhos de estimação que, se um dia vier a amá-lo irá amá-lo como um deles.
Data: 1881.
14. QUI PRO QUO
Gênero: scherzo – canzonatura.
Texto: Emilio Ducati.
Tema: depois do baile ele foi pego no pulo e pede perdão a Tilde: beijou a Nina. Com tantos brindes, ficou confuso: beijou a Nina, mas em espírito, só beijava Tilde...
Data: 1881.
Texto satírico que, musicalmente, o maestro explora com muita propriedade.
15. LA PREGHIERA DELL’ORFANO
Gênero: canzone.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: no cemitério, ele procura por sua mãe, beija o mármore onde ela dorme e fala com ela como nos bons tempos: será que um dia voltará a vê-la? Órfão para sempre, sabe que tudo há de acabar: é horrendo o abandono, é amargo o porvir.
Data: 1882.
16. AURORA E TRAMONT”
Gênero: meditazione.
Texto: M. Marcello.
Tema: contemplando o nascer do dia, a vida pareceu semelhante à Aurora. Vendo chegar a noite, o Ocaso pareceu semelhante à morte.
Data: 1882.
17. SUL LAGO DI COMO – LA REGATA
Gênero: barcarola.
Texto: Carlo Dormeville.
Tema: rema, barqueiro. Tua noiva olha fixo teu barco. Se venceres a regata, ela te amará ainda mais. Só resta agora um rival: vence este também. Ganhaste a bandeira. Viva o barqueiro!
Data: 1882.
18. MAMA DICE
Gênero: arietta.
Texto: Emilio Ducati.
Tema: Mamãe – para quem o amor é um tormento, uma ferida mortal, um ladrão do sono e do apetite, uma luta sem glória, o túmulo da paz – em verdade, não entende nada de amor, pois no amor é tudo ao contrário.
Data: 1882.
19. REALTÀ
Gênero: meditazione.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: quando a morte vier, os pássaros farão seus ninhos, as flores se abrirão, a manhã se encherá de canto e perfume, os astros brilharão no céu da noite. Por entre a relva, sob a cruz negra, será eterno o silêncio, eterno o frio.
Data: 1882.
20. SEMPRE TECCO
Gênero: Canzone, canto e piano (outra versão de Pensa?).
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: quando a amada chorar solitária, quando contemplar uma estrela, quando colher uma flor e beijá-la, deve pensar que ele à distância, estará fazendo o mesmo.
Data: 17 de fevereiro de 1882.
Dedicatória: ao querido amigo Manuel Souza Guimarães.
21. MON BONHEUR
Gênero: canzone.
Texto: Julia Cesarine.
Tema: este nome é a felicidade, há infinito prazer em dizê-lo sempre: é prece, é vitória, é segurança, é glória, é o bem, é amor.
Data: 24 de abril de 1882.
22. SPIRTO GENTIL
Gênero: invocazione.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: livre da prisão terrena, que astro habita o espírito gentil? Que forma terá assumido? Será que, de onde está, ainda pensa em seu amado?
Dedicatória: à senhorita Anna Esméria Álvares Lobo.
23. DIVORZIO
Gênero: strofe.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: é a separação de um casal, do ponto de vista dele: melhor cada um seguir seu caminho; ela poderá fazer o que quiser, amar a quem tiver vontade desde que o deixe em paz. Apesar dos bons tempos, se voltarem a se encontrar, só dirá um bom dia ou boa noite, ou melhor, apenas “um humilde servo da senhora”.
Data: 1884.
24. RONDINELLA
Gênero: idílio.
Texto: Francesco Giganti.
Tema: como a andorinha que, peregrinando, voa para longe, mas volta sempre, assim também esta alma volta aos beijos do amado, buscando o amor.
Data: 1884.
Dedicatória: Elvina e Vincenzo Appiani
25. OBLIO
Gênero: bozzetto.
Texto: Francesco Giganti.
Tema: correr o mundo buscando o esquecimento foi inútil: no coração permaneceu uma dor profunda. Talvez na tumba fria encontre o que procura.
Data: 1884.
26. IL BRIGANTE
Gênero: strofe.
Texto: Emilio Praga.
Tema: olhar turvo, aspecto cruel, assim é o bandido. Pela manhã, beija um relicário para, em seguida, roubar, assassinar e exorcizar o diabo. É preciso beber e gozar os instantes em que se é bandido.
Data: 1º de setembro de 1884.
Dedicatória: Giuseppe Villani.
27. BELLA TOSA
Gênero: canzonetta milanese.
Texto: Emilio Praga.
Tema: Bela, caminhando pela rua, Ghita provoca desejos, amores… Mas, por mais que a assediem, ela segue, querendo apenas o que decide querer, a seu modo.
Data: 1884.
28. COS’È L’AMORE?
Gênero: canzone.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: o amor é chama que consome, é jogo de ilusão que morre no prazer, é doce engano dos sentidos, é êxtase, é martírio, é febre, é ferida que um beijo doce pode curar.
Data: 1884.
29. LA PICCOLA MENDICANTE
Gênero: lamento.
Texto: Antonio Ghislanzoni.
Tema: a pequena mendiga implora por qualquer ajuda. Tem fome, tem frio. Dentro das casas há alegria, mas ninguém responde ao seu lamento. A noite é escura e os fantasmas assustadores. A fome pode não matá-la, mas o terror sim.
Data: 1884.
30. CIVETTUOLA
Gênero: canzonetta.
Texto: Rodolfo Paravicini.
Tema: É a namoradeira que se diverte à custa do amante que por ela chora e garante ser fiel. Ela ama o amor e, como a borboleta, prefere ir de flor em flor, beijando todas e, quando saciada, bater as asas ao vento.
Data: 1884.
Dedicatória: Dalila Farfallini.
31. CONSELHOS
Gênero: canção popular brasileira, canto e piano.
Texto: Dr. Velho Experiente (seu pseudônimo).
Tema: são conselhos que se dá a uma jovem que pretenda se casar.
Data: 14 de maio de 1884.
Dedicatória: Isaura Castellões.
32. L’ARCOLAJO
Gênero: canzone.
Texto: Leopoldo Marenco.
Tema: a pobre fiandeira trabalha incessantemente para garantir o sustento de sua mãe doente. Ela mesma não tem mais resistência para continuar e, num amanhecer, é encontrada morta pela triste mãe.
Data 1884.
Dedicatória: Diana Raggi-Broferio, exímia cantante.
33. LONTANA
Gênero: canzone, canto e piano.
Texto: Alessandro Casati.
Tema: a amada, mesmo distante, está sempre presente em todas as coisas, pois permanece no coração do enamorado.
Data: 1885/90.
Dedicatória: Anna de Laterner.
34. POVERA BAMBOLA!
Gênero: canzone, canto e piano.
Texto: Carlos Gomes.
Tema: a menininha lamenta o estado de sua boneca que caiu e se quebrou, mas, imediatamente, mudando de tom, pede à mãe que a leve à feira e lhe compre uma outra.
Data: 1885/90.
Dedicatória: Clotilde Guimarães.
35. DOLCE RIMPROVERO
Gênero: canzone.
Texto: E. Ducati.
Tema: como acreditar que é amada se ele não olha, quando a vê muda de caminho, quando fala com ela mantém distância ? Está bem, proteger-se do diz-que-diz-que, mas seria melhor se a amasse menos e o dissesse mais.
Data: 1885/90.
36. TU M’AMI
Gênero: canzone, canto e piano.
Texto: Francesco Giganti.
Tema: a alegria suprema de saber-se amado em cada beijo, em cada carícia, em cada abraço.
Data: 1885/90.
Dedicatória: Octávio Guimarães.
37. PER ME SOLO
Gênero: canzone, canto e piano.
Texto: Emilio Ducati.
Tema: se há amor de verdade, melhor escondê-lo. A mulher de um outro é sempre mais atraente. Melhor viver sem dúvidas e ter seu amor para si somente.
Data: 1885/90.
Dedicatória: Giuseppe Cervini.
38. CANTA ANCOR
Gênero: foglio d’album.
Texto: Emilio Praga.
Tema: quando a amada canta, o coração do amado lhe responde. O canto dela renova as delícias do amor. Por isso deve cantar sempre.
Data: 1885/90.
39. ADDIO
Gênero: canzone, canto e piano.
Texto: autor desconhecido.
Tema: é a última canção, a despedida de quem, na hora de partir para sempre vê, em todos os elementos, um presságio funesto.
Data: 1885/90.
Dedicatória: Vicente Ruiz.
40. NOCES D’ARGENT
Gênero: canzone.
Texto: autor desconhecido.
Tema: a flor da juventude não morre jamais, pois é sempre reavivada pela seiva do amor. Os dias de amor da juventude são lembrados e revividos no rosto dos filhos.
Data: 11 de maio de 1892.
Dedicatória: Leonie e Manoel Guimarães.
41. FRA CARI GENITOR
Gênero: canzone.
Texto: Carlos Gomes.
Tema: o bebê tem os olhos do papai, a boca e o riso da mamãe. É bom viver assim, de beijo em beijo, entre papai e mamãe.
Data: 1893.
Dedicatória: Paulo Guimarães de Godoy.

OUTRAS CANÇÕES:

Inno Márcia – coro masculino e banda (1883); Inno Alpino (1883); Márcia Popolare (1884); L’Oriuolo-Galop – piano (1888); Mestizia – pensiero funebre – piano (1889); Sacra Babdiera Italiana Inno (1888); Fogli d’Album – piano; Storiella Marinaresca; Da Ridere; Tenebrae factae sunt – coro e orquestra; Cantata – coro e orquestra (1860); Qui Tollis – canto (1860); Moreninha – valsa brilhante, piano (1861); Avante – galope brilhante, piano (1861?); Kyrie – coro, solistas e orquestra (1862); Messa a 4 voci con Cori e Organo (1865), La Tempesta (1866), La Fanciulla delle Asturie – canto e piano (1866); Lalalayu – polca, orquestra (1867); Piccola Polca – piano (1867); Eternamente – romanza, canto e piano (1867); La Stella Brasiliana – valsa, piano (1867); Cachoeira – quadrilha – piano (Caxoeira, Santa Maria, Mooro Alto, Saltinho, Mogy-Guassu) (1867); Polca dos Pardais – piano (década de 50 ou 60); Parada e Dobrado – banda (1856); Variazioni – clarineta e piano (1857); Ária, clarineta e piano (1857); Quilombo – quadrilha (Cayumba, Bananeira, Quigombô, Bamboula, Final) (1857-58); Inocência – piano (1859); Tronco do Ipê; Ouro sobre Azul; Laudamus et Gratias; Cândida – piano (1859); Angélica – piano (1859); Grande Valsa de Bravura – piano (1859); Anemia – piano; Verônica – canto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário