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quarta-feira, 31 de março de 2010

"TICO E TECO" ou "TICO-TICO" NO FUBÁ ?!?!


EQUÍVOCOS
by Moacyr Castro

(...)...a deputada Aline Corrêa, ao ler a biografia do compositor brasileiro Zequinha de Abreu, em uma sessão da Câmara, disse que ele é o autor de "Tico e Teco no Fubá". Ela, creio, aludia a "Tico-tico no Fubá. (...)
(...)Esperamos que na nossa Semana de Carlos Gomes ela não diga para ninguém que ele compôs "A Ponte Preta", não confunda "Ana de Flandres" com "Folha de Flandres", nem chame de "A Foca" a ópera "Tosca".
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COMENTÁRIO DA DENISE:
Acho que não se trata de equívoco... trata-se de pouco caso e displicência !
Como é que se prepara uma palestra e não se pesquisa, ao menos, o que se vai falar, se não se sabe ? É só "googar", como dizem meus filhos.
Então não fale nada e fique em casa. Pelo menos não se paga mico.
Mas me parece que hoje, a coisa é feita daquele jeito...e engolimos, o que é ainda pior!
E as crianças e os jovens, que são o futuro, como é que vão ficar com toda essa "pataquada" que se diz e se publica, hein?
Ah ! Mas é isso que o governo atual quer.
Ouve-se cantar o galo e não se sabe aonde... e aí abre-se a boca pra falar asneira.

Aproveito pra dizer que a ópera, aliás, lindíssima de CARLOS GOMES,chama-se "JOANNA DE FLANDRES": "Joanna de Flandres" é um drama lírico em quatro atos, dedicado a D. Pedro II, os originais da ópera somam 1.054 páginas manuscritas, num total estimado em mais de 85 mil compassos.

O pai de Joanna, o conde Balduino, vai para as cruzadas e desaparece por um longo tempo e ela acaba tomando o poder de Flandres. Joanna é auxiliada nessa tarefa de conquista de poder pelo ambicioso trovador Raul de Mauleon, seu amante. O pai reaparece e é feito prisioneiro como impostor. Ambos começam, então, a fazer uma sucessão de maldades.

"Tosca" é uma ópera em três atos de Puccini.

A ópera de CARLOS GOMES, citada no texto, chama-se "FOSCA" !


"FOSCA" é uma ópera em quatro atos, com libreto do italiano Antonio Ghislanzoni, com primeira apresentação no Teatro alla Scala de Milão em 16 de fevereiro de 1873, a segunda ópera de CARLOS GOMES apresentada na Itália. É considerada como a melhor obra do compositor, pela qual ele tinha grande apreço. Foi apresentada no Scala por quinze vezes consecutivas.
A Fosca é considerada por alguns críticos sua melhor ópera em 4 atos e foi dedicada ao irmão querido, Sant’Anna Gomes, meu trisavô.

A ação se desenrola parte sobre as costas de Ístria e parte em Veneza, por volta de 944, com o rapto das Marias.
Piratas da Ístria preparam-se para raptar um grupo de noivas, que se casaria no mesmo dia, para pedir um grande resgate em ouro.
Fosca, irmã de Gajolo, chefe dos piratas, está apaixonada pelo capitão veneziano Paolo, que é mantido como prisioneiro em Ístria e pede ao irmão que solte Paolo, mas este lhe confessa amor por Délia, jovem veneziana.
Cambro, homem de confiança de Gajolo, é apaixonado por Fosca e, ao vê-la chorar, promete trazer Délia como prisioneira. Mas, em troca por tal vingança, ela deve amá-lo. Fosca desolada aceita o trato.

(trechos retirados do meu livro "Olhos de Águia - Antonio Carlos Gomes - A Trajetórias de um gênio", prestes a ser editado)
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FRASE DO DIA:


"ARTE LEGÍTIMA É AQUELA QUE TEM UMA CERTA INEVITABILIDADE: SÓ PODERIA SER FEITA NAQUELE MOMENTO HISTÓRICO, POR UMA DETERMINADA PESSOA, INSPIRADA POR UMA VISÃO DE UM MUNDO DETERMINADA."(Alexei Bueno)

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