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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

S.O.S. BIBLIOTECA

Campanha busca novo prédio para biblioteca
                    A Academia Campinense de Letras começou ontem a campanha SOS Biblioteca com o objetivo de encontrar uma sede para a Associação Centro Auxiliar de Pesquisas Culturais (Cenapec) Biblioteca Adir Gigliotti, que vai ter de deixar o galpão onde está instalada, no Taquaral, até dia 31 de março.
O terreno, alugado, será vendido para a construção de um empreendimento imobiliário.
                   A primeira ação foi pedir o levantamento de prédios públicos tombados e desocupados na cidade onde os livros possam ser abrigados. Também foi iniciado um abaixo-assinado para ser enviado aos poderes Executivo e Legislativo.
O primeiro encontro, realizado ontem, reuniu aproximadamente 30 pessoas, entre
elas representantes e frequentadores da biblioteca, que avaliaram e discutiram formas de salvar o espaço cultural, que abriga 55 mil livros, além de outras atividades.
                       A maior preocupação foi encontrar uma saída emergencial, já que o prazo para desocupação esgota em um mês.
“A Secretaria de Cultura sugeriu que parte do acervo fosse levado para a Biblioteca Municipal Ernesto Manoel Zink, mas o espaço não é suficiente porque uma biblioteca não é um amontoado de livros. 
Também surgiram outras alternativas, como o Palácio da Mogiana e o espaço do Centro Professora Tarsila do Amaral, mas precisamos de um local definitivo”, afirmou o presidente da Academia Campinense de Letras, Agostinho Toffoli Tavolaro.
                       Os participantes estudam instalar uma tenda no Centro da cidade para colher assinaturas em apoio à causa. Segundo Tavolaro, a intenção do movimento é chamar a atenção do poder público. 
“A biblioteca é grande e tem uma atividade cultural intensa. Poucos municípios de São Paulo têm um espaço com esse acervo.
Por isso queremos sensibilizar o governo para que essa cultura seja mantida”, afirmou Tavolaro.
                      De acordo com a coordenadora das bibliotecas públicas municipais de Campinas, Rosângela Reis, que participou da reunião, as propostas serão levadas para a Secretaria de Cultura e avaliadas. “Nesse momento, não temos recursos para auxiliá-los, mas vamos avaliar os locais sugeridos e ver a possibilidade de ceder
os espaços."
Luciana Gigliotti, filha do fundador da biblioteca, Adir Gigliotti, acredita que sairá a solução. “Um prédio público resolveria o problema. A família já fez o que pode.
                       Agora contamos com o apoio dos governantes, dos empresários e da sociedade para que o espaço cultural seja mantido.” A família mantenedora da biblioteca gasta R$ 7 mil mensais para o funcionamento do prédio.
                      Para a presidente da Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas, Arita Pettená, fechar a biblioteca seria um golpe. “Com essa reunião,
acredito que teremos mais forças para impedir que o fechamento ocorra.”
“Não se pode pegar um bem cultural e desmanchar como está acontecendo
com a biblioteca”, lamentou a frequentadora do espaço, Vera Cardoso.

BANHO DE LUA 

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