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sábado, 25 de junho de 2011

SPIELBERG EM AÇÃO

Spielberg leva os E.T.s para a tevê

               O homem que lançou a moda das tramas alienígenas, com “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” e “E.T. – O Extraterrestre” (somados tiveram faturamento superior a US$ 1 bilhão), é o produtor responsável por mais essa aventura envolvendo invasões à Terra por seres de outros planetas. Só que agora em formato televisivo. Como se tornou habitual nas superproduções para a tevê, o episódio de abertura terá duas horas de duração. A história começa seis meses após as estranhas criaturas invadirem nosso planeta e já na hora de serem enfrentadas. Em meio ao caos que toma conta das ruas, surgem esquadrões de caça aos alienígenas. 
                 Um deles é liderado por Tom Mason, um professor de História da Universidade de Boston que tem seu filho caçula desaparecido, possivelmente sequestrado pela força militar extraterrestre. O personagem é vivido pelo ator Noah Wyle que ficou conhecido na década de 1990 pelo papel de John Carter em “Plantão Médico”. Entre os muitos cidadãos comuns que se tornaram soldados para proteger os humanos, ele usa conhecimentos de história militar e se torna o segundo comandante de uma unidade de resistência, a “2nd Mass”, de Massachusetts.
Segundo Wyle, o envolvimento de Spielberg foi determinante para o perfeito andamento do projeto. “Ele esteve presente durante todo o processo, da formatação do script do piloto até o recrutamento de elenco. Além de ter dado sugestões em todos os episódios”, disse o ator no lançamento da série. 
                        Foi o cineasta, inclusive, quem sugeriu a redução do número de episódios de 22 para apenas dez, de uma hora cada, deixando-os mais enxutos. Na trama, Wyle não está sozinho: ele tem como companheiro o filho mais velho, Hal (Drew Roy), que se torna o seu braço direito na busca pelo irmão e na proteção dos terráqueos sobreviventes. No grupo se destaca também a pediatra Anne Glass (Moon Bloodgood), que cuida das crianças e garante o lado “family friendly” da produção. Depois de produzir ótimas séries que se passam durante a Segunda Guerra Mundial, como “The Pacific” e “Band of Brothers”, Spielberg quis que essa fosse uma atração familiar, uma preocupação que se nota também em seus novos filmes, “As Aventuras de Tin Tin” e “Cavalo de Guerra”.
                  Uma das estratégias para atrair o público jovem foi a criação de uma história em quadrinhos, renovada a cada duas semanas no site da série, contando a saga dos personagens logo após a invasão, ou seja, antes do início da história. Funciona como um “prequel” (preâmbulo). O desfecho da HQ (que reuniu material para uma revista de 104 páginas, a ser lançada nos EUA no mês que vem) conecta-se diretamente com o primeiro episódio gravado.
                    Fatos que antecedem a trama vêm sendo contados no site da série em forma de quadrinhos.
                   A aposta no sucesso da empreitada, como se vê, é grande. Desde “Arquivo X”, programas televisivos do gênero não são bem-sucedidos, apesar de no cinema terem sucesso garantido como provaram “Independence Day” e mais recentemente “Distrito 9”
                      O próprio Spielberg emplacou um blockbuster com trama parecida a “Falling Skies”, a ficção científica “Guerra dos Mundos”, estrelada por Tom Cruise. Para repetir o êxito, ele investiu em uma campanha de lançamento equivalente a uma verdadeira invasão midíatica, com estreia prevista em 75 países. A melhor prova de investimento pessoal no projeto é que Spielberg, por meio de sua companhia Dreamworks Television, e o roteirista e criador da série Robert Rodat (parceiro do cineasta em “O Resgate do Soldado Ryan”) já deram início à segunda temporada mesmo sem ter qualquer aval da TNT. 
                     Aos fãs, isso significa que a espera por novidades após o décimo capítulo da primeira temporada não durará muito. Com tanta expectativa ao redor de “Falling Skies”, só uma coisa é certa: os E.T.s prometem ser completamente diferentes do que se viu até agora no cinema e na tevê. Mais uma vez, contudo, nunca se sabe o que eles querem ou estão fazendo, premissa básica para uma boa trama envolvendo extraterrestres.  
 CHUVA LILÁS
 

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