MAGIA E GRAÇA

A ARTE DE JEAN PIERRE AUGIER

Nascido em 1941 em Nice, França, Jean-Pierre Augier, trabalha em Saint-Antoine-de-Siga, berço de sua família (Alpes marítimos.

Quando criança, criava com materiais diversos, interessando-se depois pelas ferramentas abandonadas e velhas, aprendendo então a soldá-las.

Já expôs em lugares diversos, como Paris, Nova York, Bélgica, Alemanha e Suíça.

Seus trabalhos são sempre pessoas ou animais em movimentos, que ele esculpe no ferro.

Reconhece-se em sua obra, quatro vértices importantes:

a graça, o movimento, a ternura, e o humor.

Ela é feita de harmonia, equilíbrio, pureza linear e perfeição formal.

O escultor encontra a sua inspiração em ferramentas antigas ou em objetos de ferro que ele transforma, por montagem, em personagens ou animais em movimento. 

Ele salva, assim, do esquecimento, da inutilidade, da destruição, o que tinha sido eliminado ou iria para a fundição.O seu trabalho transfigurou-os para lhes dar uma outra vida, a de uma obra de arte.

A mulher, o casal, a maternidade, as fábulas e os contos, a mitologia e os assuntos religiosos constituem os seus temas favoritos. 

Reconhece-se na sua obra quatro "virtudes cardeais" : a graça, o movimento, a ternura e o humor. A arte de Jean-Pierre Augier é feita de harmonia, de equilibrio, de pureza linear e de perfeição formal. 

Jean-Pierre Augier é daqueles caras que encontram arte em todos os objetos. Um pedaço de cano, uma chapa retorcida, porcas e parafusos sucateados, peças quebradas e tudo o que lhe cair ao alcance. 

Lembra a história de Paulo Costa que esculpe velhos troncos encontrados derrubados na beira da estrada e faz reviver a natureza morta criando peixes maravilhosos a partir do que não tinha mais nenhuma utilidade e estava destinado a ser lenha em fornos de padarias. 

Não são raros os artistas que aproveitam o inútil para fazer arte, cada qual a sua maneira e com sua característica.

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